Paraguai: O Destino Mais Seguro e Garantido para Investimentos no Mercosul

O Paraguai destaca-se no Mercosul como o destino mais seguro para investimentos, com impostos baixos, estabilidade econômica e crescimento robusto. Comparado a Brasil, Argentina e Uruguai, oferece maior previsibilidade, incentivos fiscais e segurança jurídica, atraindo investidores globais em busca de retornos consistentes.

Paraguai: O Destino Mais Seguro e Garantido para Investimentos no Mercosul

Paraguai: O Destino Mais Seguro e Garantido para Investimentos no Mercosul

Introdução

Na busca por destinos de investimento na América do Sul, o Paraguai emerge como uma escolha estratégica, destacando-se no Mercosul como o país com maior segurança e garantia para investidores. Com uma economia estável, incentivos fiscais robustos e um ambiente de negócios previsível, o Paraguai atrai capital nacional e estrangeiro em setores como indústria, agronegócio, imobiliário e tecnologia. Comparado aos seus vizinhos do Mercosul — Brasil, Argentina e Uruguai —, o Paraguai oferece vantagens competitivas que vão desde impostos baixos até um crescimento econômico consistente, mesmo em cenários globais desafiadores. Este artigo apresenta um comparativo regional, analisando por que investir no Paraguai é uma decisão de alta garantia e segurança, com base em indicadores econômicos, políticas públicas e percepções de especialistas.

Contexto Econômico Regional

O Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, representa um mercado de mais de 295 milhões de consumidores, com um PIB combinado de aproximadamente US$ 2,67 trilhões em 2022, segundo dados da Austin Rating. O Brasil lidera com 72% do PIB do bloco (US$ 1,92 trilhão), seguido por Argentina (US$ 632,2 bilhões), Uruguai (US$ 71,9 bilhões) e Paraguai (US$ 41,3 bilhões). Apesar de seu menor tamanho, o Paraguai tem se destacado por seu crescimento econômico sólido e estabilidade macroeconômica, superando os desafios enfrentados por seus vizinhos.

Brasil: Potência com Complexidades

O Brasil é a maior economia do Mercosul, mas enfrenta desafios que afetam a segurança dos investimentos. A dívida pública brasileira ultrapassa 80% do PIB, significativamente maior que a paraguaia (41,1% em 2024). A carga tributária é uma das mais altas da região, com imposto de renda corporativo de até 34%, comparado ao modelo paraguaio de 10-10-10 (10% para imposto corporativo, renda pessoal e IVA). A burocracia e a instabilidade política também aumentam os riscos, embora o país ofereça um mercado consumidor vasto e setores diversificados, como agronegócio e tecnologia. A inflação brasileira, embora controlada (4,5% em 2024), é superior à paraguaia (3,6%), e a percepção de segurança pública é um obstáculo, com o Brasil enfrentando altos índices de criminalidade urbana.

Argentina: Incertezas Macroeconômicas

A Argentina enfrenta um cenário de alta volatilidade econômica, com uma inflação de 114,2% em maio de 2023, a maior do Mercosul. A desvalorização do peso e o descontrole fiscal criam um ambiente de incerteza para investidores, com o PIB projetado para contrair 3,2% em 2025. Apesar de reformas recentes sob o governo Milei, a instabilidade política e as tensões sociais persistem, afastando capital estrangeiro. A carga tributária é elevada, com impostos corporativos de até 35%, e a infraestrutura enfrenta déficits significativos. Embora a Argentina seja considerada segura para turistas, segundo o Departamento de Estado dos EUA, a insegurança jurídica e econômica limita sua atratividade para investimentos.

Uruguai: Estabilidade com Custos Elevados

O Uruguai é reconhecido por sua estabilidade política, baixo nível de corrupção e solidez institucional, ocupando o topo do ranking de Estado de Direito na América Latina. Em 2022, o país atraiu US$ 9,3 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED), quase triplicando os US$ 3,7 bilhões de 2021. No entanto, os custos operacionais são altos, com impostos corporativos de 25% e um mercado pequeno de 3,5 milhões de habitantes. A economia cresceu 3,1% em 2024, mas projeta apenas 1,9% para 2025, abaixo dos 4% do Paraguai. Embora o Uruguai seja atraente para investidores de alto patrimônio, sua carga tributária e custos de vida elevados reduzem sua competitividade frente ao Paraguai.

Paraguai: Crescimento e Previsibilidade

O Paraguai lidera o crescimento econômico na região, com 4,2% em 2024 e projeção de 4% para 2025, superando Brasil (2%), Argentina (-3,2%) e Uruguai (1,9%). A dívida pública de 41,1% do PIB é uma das mais baixas da América do Sul, garantindo espaço fiscal para investimentos. O país alcançou o grau de investimento pela Moody’s (Baa3) em 2025, com perspectiva estável, enquanto Fitch e S&P mantêm BB+ com perspectivas positiva e estável, respectivamente. A inflação de 3,6% em 2024 e a meta ajustada para 3,5% em 2025 refletem estabilidade monetária. O regime tributário de 10-10-10, aliado a incentivos como a Lei de Maquila e o regime de matérias-primas, torna o Paraguai o país com menor carga fiscal da região.

Fatores de Segurança e Garantia no Paraguai

1. Estabilidade Macroeconômica

O Paraguai mantém políticas macroeconômicas consistentes, com baixa inflação, déficit fiscal controlado (-0,8% do PIB em março de 2025) e reservas internacionais de US$ 10,37 bilhões (22,5% do PIB). Comparado ao Brasil, onde a dívida pública elevada pressiona as finanças, e à Argentina, com hiperinflação, o Paraguai oferece previsibilidade. O economista paraguaio Carlos Fernández Valdovinos, ex-presidente do Banco Central, destaca: “O Paraguai conquistou o grau de investimento com metas claras e persistência, mantendo inflação e endividamento sob controle”.

2. Incentivos Fiscais e Simplicidade Tributária

O modelo tributário paraguaio é um dos mais competitivos do mundo. O imposto corporativo de 10% é significativamente inferior aos 34% do Brasil, 35% da Argentina e 25% do Uruguai. A Lei de Maquila (1.064/97) oferece isenção de impostos de importação e um tributo único de 1%, enquanto o regime de matérias-primas isenta aranceles, beneficiando setores como metalurgia e alimentos. No mercado imobiliário, o IVA incide sobre apenas 30% do valor do imóvel, resultando em uma alíquota efetiva de 3%, contra taxas mais altas nos vizinhos. Essa simplicidade reduz custos e atrai investidores, especialmente brasileiros, que representam 24,5% das importações paraguaias.

3. Segurança Jurídica e Institucional

O Paraguai oferece um arcabouço legal sólido, com leis como a de Garantias de Investimento e a de Parcerias Público-Privadas, que asseguram proteção ao capital estrangeiro. Diferentemente da Argentina, onde a insegurança jurídica é um obstáculo, o Paraguai mantém regras claras e processos simplificados. O Protocolo de Colônia do Mercosul reforça a proteção de investimentos no bloco, mas o Paraguai vai além com políticas nacionais que garantem estabilidade. A consultora brasileira Ana Paula Mendes observa: “O Paraguai combina baixa carga tributária com segurança jurídica, criando um ambiente ideal para investimentos de longo prazo”.

4. Segurança Pública e Qualidade de Vida

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, o Paraguai é um dos dois países da América Latina considerados “plenamente seguros” para turistas e expatriados, ao lado da Argentina. Comparado ao Brasil, onde a criminalidade urbana é uma preocupação, e ao Uruguai, com custos de vida elevados, o Paraguai oferece segurança e baixo custo de vida. Assunção, com 2,7 milhões de habitantes, é um hotspot imobiliário, com terrenos acessíveis e leis de zoneamento flexíveis.

5. Crescimento do Investimento Estrangeiro

Em 2024, o Paraguai atraiu quase US$ 10 bilhões em IED, um aumento de 4,1% em relação a 2023, superando os US$ 474 milhões de 2022. Setores como infraestrutura, energia renovável e manufatura receberam aportes de países como Brasil, Estados Unidos e Espanha. O Brasil, principal parceiro comercial, exportou US$ 3,7 bilhões para o Paraguai em 2023, incluindo máquinas agrícolas e fertilizantes. Em contraste, a Argentina enfrenta retração de investimentos devido à crise econômica, e o Uruguai, embora atraia IED, tem um mercado limitado.

6. Energia Renovável e Infraestrutura

O Paraguai é o maior produtor per capita de energia limpa do mundo, com 100% de sua eletricidade proveniente de hidrelétricas como Itaipu e Yacyretá. A eletricidade barata, com custos até 50% inferiores aos do Brasil e Uruguai, é um diferencial para indústrias. O Plano Nacional de Infraestrutura, incluindo mobilidade elétrica e o Corredor Bioceânico, fortalece a conectividade e atrai investimentos logísticos. Comparativamente, Brasil e Argentina enfrentam déficits energéticos, enquanto o Uruguai depende de importações.

Comparativo Regional: Por que Escolher o Paraguai?

Critério

Paraguai

Brasil

Argentina

Uruguai

Crescimento PIB 2025

4%

2%

-3,2%

1,9%

Dívida Pública (% PIB)

41,1%

>80%

~90%

60%

Imposto Corporativo

10%

34%

35%

25%

Inflação 2024

3,6%

4,5%

114,2% (2023)

5,2%

IED 2024

~US$ 10 bi

US$ 66 bi (2023)

Retração

US$ 9,3 bi (2022)

Segurança Pública

Plena (EUA)

Alta criminalidade

Plena (EUA)

Baixa criminalidade

Custo de Vida

Baixo

Alto

Médio

Alto

Desafios e Perspectivas

Apesar de suas vantagens, o Paraguai enfrenta desafios, como informalidade e corrupção, que podem afastar investidores internacionais. A infraestrutura logística, embora em melhoria, precisa de mais investimentos para suportar o crescimento. No entanto, o governo tem priorizado reformas para fortalecer instituições e combater o crime transnacional, com apoio multilateral no Mercosul.

As perspectivas são promissoras. A REDIEX projeta que o Paraguai consolidará sua posição como hub logístico e industrial, aproveitando sua localização central e energia barata. A crescente entrada de empresas (370 nos primeiros cinco meses de 2024) e o interesse de investidores brasileiros e europeus sinalizam confiança. Comparado aos vizinhos, o Paraguai oferece um equilíbrio único entre baixo risco e alto retorno.

Conclusão

O Paraguai é o destino mais seguro e garantido para investimentos no Mercosul, combinando estabilidade macroeconômica, incentivos fiscais, segurança jurídica e crescimento robusto. Enquanto Brasil enfrenta alta tributação e criminalidade, Argentina lida com instabilidade econômica e Uruguai tem custos elevados, o Paraguai se destaca como uma alternativa confiável. Com políticas consistentes e um ambiente de negócios favorável, o país está pronto para liderar o crescimento regional, atraindo investidores que buscam previsibilidade e lucratividade.

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